quarta-feira, 25 de maio de 2016

O que inspira

Há algum tempo achava a inspiração arredia, impossível de ser convocada. Desde alguns acontecimentos na minha vida, no entanto, descobri algo que me inspira: novidade.  Um livro novo, uma viagem, uma experiência nova, um curso, algo que tire da rotina.
Odeio admitir, mas até novidades ruins me levam a escrever: uma decepção amorosa, uma tragédia, uma insônia melancólica provocada por reflexões incontornáveis. Em maior ou menor escala, as novidades atraem a inspiração.
Caso queira tentar, não precisa ficar esperando que o destino traga algo diferente. Vale a pena provocar também, buscar o que faz a mente sair um pouco do automático, fazer as coisas de um jeito diferente, inesperado. Sei lá, ser criativo.
O filósofo Roger-Pol Droit sugeria, para sair da rotina, correr em um cemitério, telefonar para si mesmo, beber e urinar ao mesmo tempo. Tem muita coisa que a gente pode fazer para que nosso dia seja diferente sem comprometer o que precisa ser igual.

Se não trouxer a inspiração, ainda assim pode ser bem divertido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário