No início do ano decidi sair do meu emprego e me lançar a fazer trabalhos freelance.
No conforto do lar, sem pegar trânsito ou me estressar
com políticas corporativas, comecei a buscar trabalhos, melhorar meu perfil e
estudar sobre esse mundo novo. Passei muito tempo me dedicando muito mais do
que recebendo de volta. Uma das coisas que eu aprendi é que nesse mundo tem uma
galera que trabalha praticamente de graça só para conseguir clientes.
Em geral, a qualidade é duvidosa e você vê o cliente
procurando outra pessoa depois, para refazer o trabalho mal feito. Mas tem
gente boa que trabalha por migalhas também. Enfim, a concorrência é grande, mas
ainda não posso dizer que me arrependo. Aprendi a valorizar minha sanidade mais
do que dinheiro.
Faz nove meses que comecei essa empreitada. Consegui
trabalhos a partir de amigos que me conhecem e confiam na minha competência,
outros responderam a anúncios afixados em pontos de ônibus da USP (sim, alguns
dos milhares de papeis são meus) e com outros eu fiz negócio por meio de
plataformas online. O blog ficou um pouco abandonado, mas minha página
no facebook ganha pouco a
pouco mais seguidores.
Assim, minha pequena base de clientes ficou espalhada.
Consegui um acordo para ser a tradutora de uma empresa sempre que precisasse de
tradução e essa semana tive uma grata surpresa: entrei nos TOP 1000
da Workana, uma das plataformas de Freelance que eu uso (a que eu mais
gosto).
Fiz poucas coisas lá, justamente porque prezo pela
qualidade. Se o trabalho não paga de forma justa, se não acho que conseguirei
cumprir prazo ou se o assunto me é muito estranho não pego, pronto. Quero
manter a qualidade do que eu faço independente de não ter muitos clientes. E
isso me levou a essa satisfação. TOP 1000 pode parecer pouco, mas a plataforma
conta hoje com mais de 170.000 profissionais inscritos, então isso, para mim, é
bastante.
O mais interessante, no entanto, não é atingir o
resultado. É como eu cheguei a ele. Não conheço o chefe, não entrei em esquema,
não usei maquiagem ou fiz charme para ninguém. Não foi jeitinho, favor ou
chantagem. Foi o meu trabalho. Disso, por menos dinheiro que me dê, vou me
orgulhar sempre.
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